A Batalha de Pearl Harbor

A marinha Imperial Japonesa efetuou o ataque na manhã de 7 de dezembro de 1941. O ataque surpresa em Pearl Harbor (Oahu – Havaí) foi executado contra a frota do Pacífico da Marinha dos EUA e a suas forças de defesas, o corpo aéreo do exército, e a força aérea da marinha.

O ataque danificou ou destruiu 11 navios de guerra, 188 aviões, e matou 2403 militares americanos e 68 civis. O Almirante Isoroku Yamamoto planejou o ataque, comandado pelo Vice-almirante Chuichi Nagumo, que perdeu 64 pilotos, como o início da campanha do Pacifico. Três porta-aviões da frota do pacífico não se encontravam no porto, portanto não foram danificados, tal como os depósitos de combustível e outras instalações. Utilizando estes recursos a marinha foi capaz de 6 meses a 1 ano reconstruir a frota.

Preparação Japonesa

A 26 de Novembro de 1941, uma frota incluindo seis porta-aviões comandados pelo Vice Almirante Chuichi Nagumo, deixaram a baía de Hitokappu, nas Ilhas Kuril e seguiram para Pearl Harbor sobre um silêncio restrito.

Os porta-aviões japoneses utilizados no ataque eram: Akagi, Hiryu, Kaga, Shokaku, Soryu e Zuikaku. Todos juntos tinham um total de 441 aviões, incluindo, bombardeiros-torpedo, bombardeiros-de-mergulho e bombardeiros-caça.

Preparação Americana

As forças de inteligência americanas e russas, tanto civis como militares, já tinham entre si, informação suficiente para antecipar o ataque japonês algumas semanas antes. Inclusive as forças armadas em Pearl Harbor tinham recebido vários alertas no dia do ataque. Tais informações poderiam ter colocado Pearl Harbor num alerta máximo e ter diminuído as perdas, e até mesmo preparado a frota Americana para um contra-ataque aos porta-aviões Japoneses.

Tendo decifrado o Código Púrpura e interceptado mensagens Japonesas, os peritos de cifra americanos puderam prever o ataque, embora não pudessem indicar o local e hora. Os espiões, Richard Sorge e Dusko Popov tinham alertado os diplomatas americanos sobre um possível ataque.

Já em Pearl Harbor, os comandantes americanos tinham sido alertados de testes que mostravam que o lançamento de torpedos em águas pouco profundas era possível. Na expectativa que Pearl Harbor teria defesas naturais contra ataques torpedo, a marinha dos EUA decidiu não montar redes contra torpedos, tal fato facilitou assim a utilização dos mesmos contra os couraçados americanos ancorados.

O Ataque

Os primeiros tiros disparados e as primeiras casualidades em Pearl Harbor, ocorreram quando o USS Ward, atacou e afundou um mini-submarino japonês às 06h37 (hora local). Existiam cinco mini-submarinos classe Ko-hyoteki, com o objetivo de entrar no porto e destruir os navios dos EUA utilizando torpedos. Nenhum dos submarinos conseguiu voltar a salvo e apenas 4 dos 5 foram encontrados desde o ataque. Dos 10 marinheiros abordo dos 5 submarinos, 9 morreram e o único sobrevivente, Kazuo Sakamaki, foi capturado, tornando-se no primeiro prisioneiro de guerra capturado pelos americanos na Segunda Guerra Mundial.

Fotografias recentes analisadas pelo Instituto Naval dos Estados Unidos, indicou que um mini-submarino conseguiu entrar no porto e disparar 1 torpedo com sucesso contra o USS West Virginia. A posição final deste submarino é desconhecida.

Na manhã do ataque, um novo radar instalado apenas uns dias antes do ataque indicou a presença dos aviões japoneses, mas o aviso foi confundido com a chegada prevista de um grupo de aviões dos EUA. Um número de aviões norte-americanos foram abatidos à medida que a força de ataque se aproximava. Mas todos avisos encontravam-se à esperar de confirmação quando o ataque começou.

O ataque começou às 07h53 (hora local) de 7 de Dezembro, o qual no horário padrão Japonês, era 03:23 de 8 de Dezembro. Os aviões japoneses atacaram em duas vagas, no qual 350 chegaram a Oahu. A primeira vaga foi liderada por 186 torpedeiros-bombardeiros vulneráveis, aproveitando os primeiros momentos de surpresa atacando os porta-aviões e navios de guerra enquanto bombardeiros-de-mergulho atacavam as bases aéreas ao longo de Oahu, começando pelo campo aéreo Hickam, o maior, e o campo aéreo Wheeler, a principal base de caças. A segunda vaga de 168 aviões atacou o campo Bellows e a ilha Ford, uma base aérea naval e marinha no meio de Pearl Harbor. A única força de oposição veio de alguns P-36s e P-40s, e de fogo antiaéreo naval.

Dos 441 aviões das duas vagas, 39 foram abatidos durante a batalha. Nagumo decidiu cancelar a terceira vaga a favor de uma retirada.

Nagumo Retira as Vagas

Alguns oficias e líderes de voo tentaram fazer com que Nagumo atacasse com uma terceira vaga para destruir os depósitos de combustível, fábricas, e docas secas em Pearl. A destruição destas instalações aumentaria as dificuldades da marinha dos EUA, pois as instalações utilizáveis mais próximas encontravam-se a milhares de quilômetros do Havaí, na costa dos Estados Unidos. Vários historiadores sugerem que a perda das instalações seria mais pesada que a perda de todos navios de guerra.

Nagumo decidiu cancelar a terceira vaga a favor de uma retirada, por vários motivos:

  • A performance das defesas antiaéreas tinha sido muito melhor na segunda vaga do que na primeira, e dois terços das perdas japonesas aconteceram durante a segunda vaga, devido em parte aos americanos já estarem alertados. Uma terceira vaga sofria perdas ainda mais pesadas;
  • As duas primeiras vagas tinham utilizado essencialmente todos aviões preparados posteriormente ao ataque, e uma terceira vaga teria levado tempo a ser preparada, dando aos americanos tempo, talvez, para encontrar e atacar a força de Nagumo. A localização dos porta-aviões americanos continuava desconhecida para Nagumo;
  • Os pilotos japoneses não tinham praticado para o ataque às bases navais de Pearl Harbor e organizar tal treino demoraria ainda mais tempo;
  • A situação de combustível não permitia que a força japonesa não ficasse mais tempo a norte de Pearl Harbor;
  • A hora da possível terceira vaga seria tão tarde que obrigaria os aviões a voltarem aos seus porta-aviões após o anoitecer. As operações aéreas durante a noite ainda eram muito recentes em 1941, e nenhuma força mundial tinha ainda desenvolvido técnicas eficazes;
  • A segunda vaga tinha completado essencialmente a missão inteira: neutralizar a frota americana no pacífico;
  • Os porta-aviões eram necessários para servirem de suporte para o ataque principal japonês contra as Filipinas, as Índias, Malásia e Birmânia; no qual o seu objetivo era capturar combustível e outros recursos. Nagumo tinha ordens diretas para não arriscar o seu comando mais do que o necessário. As previsões posteriores ao ataque, indicavam que provavelmente a força japonesa sofreria a perda de 2 a 4 porta-aviões durante o ataque, Nagumo estava bastante feliz por não ter sofrido perdas e não queria abusar da sua sorte.

Resposta americana

Apenas algumas horas após o início do ataque a Pearl Harbor (dia seguinte, 8 de Dezembro de 1941, na linha internacional de data), tropas japonesas começaram a atacar os territórios de Hong Kong, seguido de alguns ataques às Filipinas, Wake Island, Malásia, e Tailândia, e o afundamento do HMS Prince of Wales e Repulse.

A 8 de Dezembro de 1941, o congresso americano declarou guerra ao Japão, com um único voto contra – voto de Jeannette Rankin. O presidente Roosevelt, assinou a declaração de guerra, apenas alguns minutos depois. O governo dos EUA continuou e aumentou a intensidade da mobilização militar, e iniciou uma economia de guerra no país.

Como resposta, o presidente Roosevelt ordenou um ataque a Tóquio, coração do Japão, originando assim o ataque Doolittle lançado a 18 de Abril de 1942.

A Alemanha Nazi declarou guerra aos Estados Unidos a 11 de dezembro, quatro dias após o ataque japonês. Hitler não era obrigado a fazer tal declaração pelos termos do Pacto Tripartite (Pacto de apoio mútuo entre Itália, o Reich e o Japão, estabelecendo o eixo Roma–Berlim–Tóquio). A declaração de guerra escandalizou o público americano e permitiu aos Estados Unidos entrarem diretamente no teatro de guerra do Pacífico e aumentar o seu apoio ao Reino Unido, que já tinha pedido à muito tempo um apoio total por parte dos EUA.

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