Desemprego na Alemanha (milhões): *
Ano | Mês (julho) |
1928 | 1.012 |
1929 | 1.251 |
1930 | 2.765 |
1931 | 3.990 |
1932 | 5.392 |
1933 | 4.464 |
1934 | 2.246 |
1935 | 1.754 |
1936 | 1.170 |
1937 | 563 |
1938 | 218 |
1939 | 38 |
* Essa diminuição fabulosa, no entanto, ocorreu por diversos motivos, como alterações estatísticas e projetos governamentais, tais como:
- As mulheres deixaram de ser contadas como desempregadas a partir de 1933;
- Judeus, a partir de 1935, perderam a condição de cidadãos do Reich, não contando mais como desempregados;
- Mulheres jovens que se casavam eram excluídas dos cálculos;
- Ao desempregado eram dadas duas opções: ou trabalhar para o governo sob baixíssimos salários ou permanecer segregado da esfera governamental, longe de todas as suas obrigações, mas também vantagens, como saúde, lazer, etc;
- As convocações para o exército começaram a se acelerar. Até 1939, 1,4 milhões de alemães haviam sido convocados. Para armar esse contingente, a produção industrial aumentou e a procura por mão-de-obra aumentou também;
- Criação da Frente Alemã de Trabalho, dirigida por Robert Ley, um nazista, fundador e líder da organização sindical alemã Deutsche Arbeitsfront e da organização nazi Kraft Durch Freude, que pôs em prática programas governamentais de trabalho que absorveram boa parte da mão-de-obra disponível, ora empregando-a no melhoramento da infraestrutura do país, ora nas indústrias e na produção bélica.
Falências e Liquidações Mercantis na Alemanha (milhares):
1927 | 11.3 |
1928 | 13.7 |
1929 | 18.2 |
1930 | 22.7 |
1931 | 27.9 |
1932 | 20.3 |
1933 | 9.5 |
1934 | 7.0 |
1935 | 6.8 |
1936 | 5.9 |
Texto de J.K. Galbraith sobre a economia do nacional-socialismo:
John Kenneth Galbraith é o mais respeitado dos economistas atuais. Em seu livro “A Era da Incerteza“, escreveu no capitulo “A Revolução dos Mandarins“, página 213:
A Experiência em Marcha:
“Os nazistas não eram dados a ler livros. Eles reagiam às circunstâncias e isso lhes serviu mais do que os sensatos economistas serviram à Grã-Bretanha e aos Estados Unidos. A partir de 1933, Hitler tomava dinheiro emprestado e o aplicava, e o fez com liberalidade, como Keynes teria recomendado. Parecia ser a coisa mais indicada a fazer, dada a taxa de desemprego reinante. De início, os gastos foram mais voltados a obras públicas – ferrovias, canais, edifícios públicos, as famosas Autobahnen, ou super rodovias. O controle do câmbio então impediu que os apavorados alemães enviassem dinheiro ao exterior, e quem tivesse uma renda crescente deixava de gastar muito na compra de coisas importadas.
O resultado foi exatamente o que um keynesiano poderia desejar. Em fins de 1935, o desemprego chegava ao fim na Alemanha. Em 1936, uma renda elevada estava forçando a alta dos preços ou, então, propiciando esta alta. Da mesma forma, os salários começavam a aumentar. Por isso, foi decretado um teto tanto para os preços como para os salários, e essa medida também deu certo. A Alemanha, em fins da década de 30, tinha EMPREGO PARA TODOS e preços PERFEITAMENTE ESTABILIZADOS. Isso constituía, no mundo industrializado, UM FEITO INTEIRAMENTE INÉDITO. (e nunca mais repetido…)”